segunda-feira, 3 de maio de 2010

Tácticas nas Canárias: o que dirão os sponsores?




OPINIÃO

Tácticas nas Canárias: o que dirão os sponsores?



Ainda não passaram muitos meses desde a altura em que as notícias relativas ao automobilismo português davam conta da dificuldade em garantir patrocínios. O ponto simultaneamente mais alto e mais triste foi a “novela” que envolveu a Virgin F1, o Turismo de Portugal e o piloto Álvaro Parente que acabou por ficar apeado… Outros projectos na velocidade e nos ralis acabaram por não passar do papel.

Outros processos arrastaram-se por demasiado tempo mas acabaram por ter final feliz como por exemplo os casos de Armindo Araújo e de Bruno Magalhães.

Mas se muitas vezes criticámos a falta de “visão” de algumas das principais empresas nacionais, chega agora a hora de colocar em questão se esta coisa da sponsorização desportiva são uns trocos que se dão para uns rapazes irem fazer umas provas ou se é mesmo uma coisa à séria, cujo retorno se avalia de forma criteriosa e profissional.

Se a segunda hipótese for a verdadeira, então os resultados desportivos são importantes porque há uma relação directa entre a qualidade dos mesmos e o retorno proporcionado.

Assim, é estranho que se “ofereçam” lugares de bandeja como, ao que tudo parece indicar, aconteceu nas Canárias.

É fácil perceber que Kris Meeke é o único dos homens da Peugeot que pode lutar pelo título do IRC.

É fácil perceber que a estrutura de Meeke e Bruno Magalhães é a mesma ou que, pelo menos, existem relações privilegiadas.

Mas é ainda mais evidente que o dinheiro vem de fontes diferentes. Será que os patrocinadores que a tanto custo se arranjaram no início da temporada viram com bons olhos a cedência de posição nas Canárias? Ou será que não sabem nem querem saber?

(Francisco Veloso Fórmula Rali)


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