domingo, 18 de abril de 2010

Rally da Turquia - Loeb vence e aumenta vantagem no WRC!





Sébastien Loeb acabou por vencer na Turquia e de aumentar consideravelmente a sua vantagem no mundial de condutores…

O terceiro dia foi mais curto do que se esperava na Turquia. Fortes chuvas durante a noite tornaram impraticáveis as duas primeiras especiais do dia até porque o terreno tem uma base de argila que se transformou num mar de lama. Assim, a organização do rali que já no dia anterior tinha sido criticada pela excessiva dureza dos troços e por ter feito trabalhos de reparação que alteraram significativamente as características das classificativas já depois dos reconhecimentos, optou por cancelar as primeiras passagens por Deniz e Mudarli. Não deverá ter sido alheia à decisão a não existência de viaturas de socorro 4X4.

Sabendo-se que Loeb nunca precisou de ajudas para ganhar ralis, facilmente se percebe que os factores externos se conjugaram para facilitar ainda mais a vitória do francês. O encurtar da distância significa menos espaço para reacção dos pilotos que o seguiam, enquanto as chuvas da noite anularam a desvantagem que Loeb teria em abrir a estrada se o piso estivesse seco e duro.

Como resultado, três vitórias parciais nos quatro troços que se disputaram e a 57ª vitória no bolso do campeão mundial.

Quem percebeu rapidamente que estava tudo decidido foi Petter Solberg que, inteligentemente, abdicou de tentar a vitória e se concentrou em segurar o lugar intermédio do pódio. Costuma dizer-se que “o segundo é o primeiro dos últimos” mas quando o primeiro é Sébastien Loeb há que começar a pensar em alterar o adágio…

Mikko Hirvonen, pelo contrário, forçou. Compreende-se e aplaude-se a decisão do finlandês que assim empresta dignidade a uma competição com vencedor crónico até porque a candidatura ao título faz-se mais com actos do que com palavras. Mas como o próprio Hirvonen reconheceu, “quando se ataca a fundo podem acontecer os percalços”… Foi mesmo isso que aconteceu quando uma trajectória menos controlada causou danos no pneu traseiro esquerdo e provocou a perda de cerca de 40 segundos.

Quem aproveitou foi Sordo mas a sua sorte estava para acabar. O espanhol não passou do troço seguinte onde encostou o seu C4 com problemas mecânicos. Assim sendo, o terceiro lugar foi o melhor que Hirvonen e a Ford conseguiram arranjar…

Ogier arrecadou o quarto lugar depois de ter sido o único a arrancar uma vitória parcial a Loeb neste último dia, se bem que numa altura em que o “Seb” mais velho já estava a alisar as rugas do fato para aparecer melhor na fotografia do pódio.

A Citroen continuou o seu domínio na tabela final com o 5º lugar de Raikkonen que é, para já o melhor da sua carreira e que deve ter acendido luzes de alerta na sede da M-Sport: se até o finlandês que veio da velocidade já se superioriza a Villagra, Wilson e Latvala (embora este em recuperação através do super rali), então há algo na política de escolha de pilotos que não está a funcionar bem para os lados das equipas satélites da marca da oval azul… Sabe-se que é preciso arranjar verbas para correr mas saber que há pilotos muito melhores parados ou em categorias inferiores não ajuda à imagem da modalidade…

No JWRC, Aaron Burkart conseguiu levar a água ao seu moinho, triunfando com quase 4 minutos de vantagem para Alessandro Broccoli. Abbring, Slavov, Hunt e Kruuda também pontuaram.

Nota para Ott Tanak, piloto Pirelli Star Driver, que estragou um rali notável ao capotar o seu EVO X numa altura que talvez pedisse contenção uma vez que não era ameaçado por qualquer dos seus rivais.



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